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Por João Meirelles Filho, janeiro de 2006
Eu
não aceito que, em meu nome, o governo federal brasileiro conceda
autorização para o desmatamento da Amazônia, e você, aceita? Eu não
autorizo que o dinheiro público, de bancos oficiais, seja empregado para
a criação de bois na Amazônia, e você, autoriza?
Você
e eu somos bois-de-presépio ou cidadãos do planeta? Você acredita que a
sua forma de viver, alimentar-se, comportar-se, construir a sua casa,
presentear seus amigos, visitar os lugares ou votar possua relação
direta com a Amazônia?
Caso
afirmativo, você aceitaria avaliar se está comendo ou não a Amazônia? A
cada dia as pesquisas científicas e os relatórios ambientalistas são
mais taxativos: não podemos nos dar ao luxo de esperar que as pessoas se
convençam sobre a gravidade da situação da Amazônia. Será tarde demais
quando fazendeiros, garimpeiros, madeireiros, funcionários públicos,
representantes do poder público e a população em geral , despertarem
para o fato. Teremos perdido a maior parte da Amazônia.
Os fatos
Em
cinco séculos 95% das populações indígenas desapareceram. Nações
inteiras foram extintas pelas doenças, pela escravidão e pelas armas
trazidas pelos europeus. As Nações que sobreviveram, cerca de 180, com
mais de 200 mil indivíduos (1% da população da região), contam com
poucos aliados entre os funcionários públicos e organizações da
sociedade civil para se defenderem de garimpeiros, caçadores, ladrões de
madeira e grileiros.
Em
termos sociais a Amazônia é uma das regiões de maiores desigualdades
econômicas e sociais do planeta. Esta é, de longe, a mais violenta do
país, respondendo pela maioria dos casos de morte em conflitos pela
terra, número de trabalhadores escravizados em fazendas de pecuária e
pela grande insegurança das áreas urbanas. Os
23 milhões de habitantes estão longe de se beneficiar da
biodiversidade, da etnodiversidade, de suas riquezas culturais e da
produção de madeira e minerais. O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano,
da ONU) da região equivale ao dos países mais pobres do planeta.
Em
termos ambientais oferecemos, ano após ano, o maior espetáculo de
pirotécnica ao queimarmos mais florestas para virarem pasto. O
desmatamento e as queimadas da Amazônia tornam o Brasil um dos
principais paises emissores de gases que contribuem para o efeito
estufa. As mudanças climáticas são irreversíveis.
Em
termos de biodiversidade, em apenas 4% da superfície terrestre a
Amazônia continental deve abrigar mais de 1/5 da biodiversidade do
planeta. Nas áreas mais comprometidas, como no entorno de Belém, por
exemplo, ¼ das aves estão ameaçadas de extinção. Uma vez extinta uma
espécie, esta extinção é para sempre.
Em
termos ambientais, de 1.500 a 1.964 desmatamos menos de 1% da Amazônia.
Nos últimos 40 anos desmatamos cerca de 16% da região, uma área
equivalente a duas vezes a Alemanha (ou três estados de São Paulo) em
pasto. Esta área de 750 mil km2 é duas vezes maior que a área agrícola
do pais. Pior, 1/4 desta área encontra-se abandonada porque o objetivo
de derrubar o mato foi o de tomar a posse da terra, para dizer: aqui tem
dono. No momento estamos perdendo cerca de 24 mil km2 de cobertura natEm
termos ambientais, de 1.500 a 1.964 desmatamos menos de 1% da Amazônia.
Nos últimos 40 anos desmatamos cerca de 16% da região, uma área
equivalente a duas vezes a Alemanha (ou três estados de São Paulo) em
pasto. Esta área de 750 mil km2 é duas vezes maior que iva ao ano. Isto significa que a cada ano estamos desmatando uma área equivalente a 2/3 da Bélgica (ou do estado de Sergipe).
A
cada ano perdemos cerca de 1% do que resta da floresta amazônica. Se
nada for feito teremos perdido mais da metade da floresta nos próximos
30 anos. Eu não autorizei. Você autorizou?
Estamos
apenas medindo a febre e não combatendo as causas da doença. A febre em
um doente alerta que algo vai errado, é apenas um índice. Há grande
comoção quando os índices de desmatamento são expostos ao vexame
público, e pouco interesse em discutir as verdadeiras razões de seu
crescimento.
São
os grandes fazendeiros! - apontam uns! É a expansão da soja! - sugerem
outros. É a abertura de estradas, a ineficácia e ausência do poder
público, o aumento das fazendas, os madeireiros, os garimpos, e assim
por diante... Será que não continuamos na periferia do problema? Será
que estamos apontando apenas as conseqüências de atos que praticamos em
nosso dia-a-dia, de forma relapsa, impensada e, digamos, irresponsável? Os responsáveis somos nós!
Será
que estamos fazendo as perguntas certas? Quem é responsável pela maior
parte dos desmatamentos? Não será difícil responder: as propriedades
rurais dedicadas à pecuária. Trata-se apenas das grandes fazendas? Não,
as pequenas e médias têm na pecuária bovina e bubalina (de búfalos) sua
principal atividade.
E
por que expande a pecuária na Amazônia? Certamente um fazendeiro
tradicional irá comentar: “Porque é mais barato produzir carne na
região, a terra tem pouco valor, a mão de obra é barata, há pouca
fiscalização dos órgãos ambientais, trabalhistas e da receita federal”. Esta,
no entanto é uma resposta insatisfatória. Afinal, esta carne vai para
algum lugar. Alguém consome este produto. Os dados são claros: mais de
noventa por cento da carne produzida na Amazônia é consumida no próprio
Brasil, a maior parte nas regiões de maior poder econômico – Sul e
Sudeste. O crescimento do consumo de carne bovina é significativo. A
cada dia mais e mais pessoas querem a sua picanhazinha e a sua maminha.
Em
quarenta anos, de 1964 a 2004, o rebanho bovino da Amazônia saltou de
1,5 para 60 milhões de cabeças. Parte deste rebanho é clandestino. Este
lote de animais prontos para morrer para saciar o desejo de comer carne
bovina representa 1/3 do rebanho brasileiro. Três cabeças de boi para
cada habitante da Amazônia. No Brasil já há mais bois que gente!
A
pecuária é a principal atividade econômica rural da Amazônia. Não se
trata apenas de grandes e médias propriedades (estes são 25 mil famílias
com áreas acima de 500 hectares). A maior parte dos 400 mil pequenos
proprietários rurais da Amazônia tem na pecuária a sua principal fonte
de renda (seja pelo fracasso das demais atividades econômicas, seja pela
completa incompreensão do que seja a natureza amazônica ou impaciência
com a Natureza, preferindo carbonizá-la a conduzir a dança da
sustentabilidade).
Lembremos
que estamos em um país onde a maioria vive em grande carestia. Não
fosse o baixo poder aquisitivo do brasileiro o consumo de carne seria
pelo menos o dobro. O brasileiro come, em média, um bife pequeno por dia
(100 gramas) - 36 kg de carne/ano. Um
boi de 16 arrobas tem em média 240 kg de carne. Se você comer carne
bovina durante sua vida (72 anos – a idade média do brasileiro), isto
significa um boi a cada 6,6 anos, 11 bois inteiros durante a vida – 2,6
toneladas de carne! Destes 11 bois, pelo menos 4 terão vindo da
Amazônia, ou seja, a cada três dias o brasileiro come um bife da
Amazônia. |
A
insistência do modelo mundial de ocupação do solo, que privilegia a
pecuária, é o principal responsável pela fome e desigualdade na área
rural do Planeta. A quantidade de água, solos e recursos utilizados para
produzir um quilo de carne seria suficiente para alimentar pelo menos
50 pessoas.
A
expansão da pecuária é responsável por pelo menos 2/3 dos desmatamentos
das florestas tropicais do planeta. Estas já ocuparam 16% do planeta.
Hoje ocupam menos de 9%. Da II Guerra Mundial até hoje perdemos mais de
3% das florestas tropicais do planeta. Por quê? Principalmente porque há
gente querendo comer carne bovina.
A
pergunta que fazem os fazendeiros é: quanto o bife custa no seu prato? A
pergunta que deve inquietar o cidadão deste planeta é: “quanto custa de
esforço à Humanidade para você ter o luxo de um bife em seu prato?”
A
pecuária é o pior empregador que existe no planeta. A miséria
brasileira no campo pode ser resumida a uma frase: a pecuária bovina
expulsou o homem do campo. Numa grande fazenda na Amazônia, emprega-se
diretamente uma pessoa a cada setecentos bois, que ocupa uma área de 1
mil hectares. A mesma área com agricultura familiar empregaria pelo
menos 100 vezes mais, com agro-floresta em permacultura empregaria 250
pessoas!
A
pecuária gera pouca renda e esta é praticamente transferida para fora
das regiões produtoras. A ilha do Marajó, uma área do tamanho da Suíça,
após duzentos anos de pecuária (bovina e bubalina), tornou-se uma das
áreas mais pobres da Amazônia - e do planeta – com índices de
desenvolvimento humano (IDH) equivalentes aos de Bangladesh. Em Chaves,
no Marajó, um quarto das crianças está fora da escola e 77% das crianças
não tem luz em suas escolas! A
pecuária é altamente concentradora de renda. Inexiste uma única região
do Brasil onde a pecuária promoveu o desenvolvimento com justiça social.
Pior, a maior parte dos fazendeiros perde dinheiro com a atividade.
Como não sabem fazer contas não percebem que estão ficando mais pobres a
cada dia e que pouco poderão oferecer a seus filhos e netos.
Os
estudos científicos do Imazon apontam que a pecuária é tão ineficiente
que, em média, não oferece uma renda superior à da caderneta de
poupança. Ou seja, seria mais negócio ao pecuarista vender tudo o que
tem e viver do dinheiro aplicado. Por
quê, então, optamos pelo boi? Porque não pensamos, somos tão bovinos
quanto a ilustre e inocente criatura. Não medimos conseqüências.
Pautamo-nos pelo passado. Não questionamos se o que nossos pais e avós
fizeram seria o melhor para nós, para nossas famílias e para a
Humanidade.
Nem
sempre a Humanidade fez escolhas certas. Em sua maioria são escolhas
cômodas. Não medimos as conseqüências. No entanto, estamos diante de uma
encruzilhada – ou transformamos a Amazônia em um imenso pasto ou iremos
entregar às futuras gerações a mais diversa e bela floresta tropical do
planeta. A escolha é sua. E de mais ninguém.
Quinhentos anos de atraso
Não
há por que se assustar com esta responsabilidade. O Brasil é o campeão
da falta de percepção ambiental e social. A pecuária bovina é sinônimo
da história da ocupação do Brasil. Desde que o primeiro europeu colocou
seus pés no Brasil, foi seguido pela pata do boi. O vírus da gripe, o
boi, a bíblia e a arma de fogo modificaram este continente – difícil
saber o que causou mais danos.
O
boi é uma fonte de proteínas de baixíssima eficiência energética
(converte em carne meros 7% do que come). Com sua pata compacta o solo,
causa erosão e destrói as micro-bacias e o seu consumo traz sérias
conseqüências à saúde. O boi
é um trator funcionando 24 horas. E por quê? Para saciar a vontade de
comer picadinho, hambúrguer e estrogonofe. Para transformar o Brasil no
maior pasto do planeta foi preciso “abrir” espaço para este animal.
“Mato” (leia-se: floresta tropical com grande diversidade biológica) não
alimenta boi. As florestas tem que ceder lugar ao pasto. Poderíamos
resumir a história do desaparecimento da Natureza do Brasil em uma única
lápide: “virou bife”.
Em
500 anos reduzimos os 1,5 milhões de hectares da Mata Atlântica
(floresta tropical atlântica) a meros 7% de sua área original, a
Caatinga para menos de 20% e o Cerrado para menos de 25% de sua área.
Pior: a degradação continua, de maneira acelerada. Insistimos
em ocupar novos pastos na Amazônia ao invés de melhor a produtividade
do que já se transformou em pasto no Sul, Centro-Oeste e Sudeste. O
Brasil continua um país irresponsável em termos de produtividade na
pecuária. Dos 850 milhões de hectares do Brasil, há no país cerca de 250
milhões de hectares de pasto (cerca de 30% do país). Deste total, cerca
de 30% está na Amazônia - 75 milhões de hectares. A produtividade na
Amazônia é pífia – 0,7 cabeças/hectare - símbolo da incompetência em
compreender e tratar o meio físico amazônico. Vamos lembrar que o Brasil
todo possui cerca de 50 milhões de hectares em área plantada!
Neste
ritmo, em duas décadas teremos mais bois na Amazônia do que a
totalidade do rebanho brasileiro atual (170 milhões de cabeças). No
Brasil já há mais bois que brasileiros.
Greenpeace em ação, em outubro de 2001Resumo
de nossa história: o Brasil virou pasto e nossa grande contribuição à
humanidade foi substituir a maior floresta tropical do planeta em
churrasquinho. Carne com gosto de fumaça, violência e extinção de
espécies. Apesar da ditadura militar ter se desmilinguido nos anos 1980 a
Amazônia continua sob o domínio do medo, da lei do mais forte, do
coronelismo, da grilagem de terra, da corrupção e do incentivo fiscal a
quem dele não necessita. Quem manda é o revólver e a motoserra. Um boi
vale mais que uma vida.
Por quê? Porquê
insistimos em incorrer nos mesmos erros que nossos antepassados
europeus, para quem a “pata de vaca” era sinônimo de progresso. O boi é
celestial. O mato é o demônio. O arame farpado é progresso. A floresta
calcinada é progresso. O mugido do boi é progresso. O pasto, que pode
ser medido e contabilizado, é celestial.
O
país continua a tratar a Amazônia como uma área ainda não conquistada,
um imenso estoque de terra pronto para virar pasto. E mais, a Amazônia
como fonte inesgotável de madeira, peixe, ouro, alumínio, energia
elétrica etc.
As
políticas públicas e a maior parte das empresas despreza os 10.000 anos
de convivência com a floresta tropical. Desta aprendizado passo a
passo, de descoberta do ser e viver. O Brasil trata as comunidades
indígenas e a caboclas como culturas “primitivas”, “bárbaras” e
“demoníacas”. O mato, o espaço do desconhecido, do que não pode ser
controlado, é o antro do medo, da escuridão. É no mato que estão os
piores horrores. Não haverá
aqui uma inversão de valores? Estamos prontos a reconhecer este erro? Ou
continuaremos a nos ufanar que temos o maior rebanho comercial do
planeta? Que nossos bois são “bois verdes”, comem só capim?
Vamos
continuar a nos enganar? Seremos honestos com as futuras gerações? Quem
está disposto a pensar um novo Brasil? Seremos os bois-de-presépio da
vez, que sentam-se na lanchonete e devoram silenciosos seus
hambúrgueres? O desafio
Cabe
a nós, e tão somente a nós todos, sermos diligentes e eficientes em
propor um novo pacto civilizatório para a Amazônia, capaz de diminuir a
pressão sobre as populações nativas e o meio ambiente. Seus 23 milhões
de habitantes, com amplas necessidades de consumo, inclusive de
proteínas, demandam respostas rápidas.
Afinal,
come-se a Amazônia três vezes ao dia, no café-da-manhã, no almoço e no
jantar. Deste total há 7 milhões de habitantes na zona rural, dos quais
cerca de 2 milhões vivem em trinta mil comunidades tradicionais, em sua
maioria com acesso precário a serviços públicos de educação, saúde,
água, esgotos, energia, segurança e assistência técnica agrícola. Não
estará na hora de nos transformarmos de destruidores em enriquecedores
da natureza. Será que não bastam os 75 milhões de hectares já desmatados
da Amazônia (área superior a toda área agrícola do país) para
revolucionarmos nossa compreensão de floresta tropical produtiva?
Não
será a hora de formarmos agricultores da sustentabilidade
(permacultores), guarda-parques, guias de ecoturismo, artesãos,
madeireiros cuidadosos, cientistas e estudiosos do saber local?
E
nós, continuaremos a ser meros telespectadores? Corrigindo, na verdade,
somos mais que telespectadores, somos os que financiam este processo,
silenciosamente, nas gôndolas de supermercado, nos espetinhos, nos
pastéis de carne... Mais do que rebanhos de consumidores, de cabeça
baixa, nossa ignorância alimenta a injustiça e a destruição. Aceitamos,
silenciosamente, que as coisas continuem como estão.
Medidas práticas para o dia de hoje
Ao nível individual:
- se você come carne, pergunte a quem lhe vende, de onde vem a carne para saber se você está comendo ou não a Amazónia?
- Se
você mora fora do Brasil – pergunte se é mesmo imprescindível vir
carne da Amazônia e das outras florestas tropicais (muitas vezes você
come a Amazónia na forma de soja, que ao invés de alimentar pessoas é
dado a porcos, galinhas e vacas).
Que medidas o poder público pode tomar agora por meio de decreto:
- aumentar a taxa do imposto territorial rural das áreas de pastagens;
- modificar a fórmula de cálculo do imposto de renda dos fazendeiros;
- fiscalizar com seriedade as questões ambientais, trabalhistas e tributárias da cadeia produtiva da carne na Amazônia.
Ao nível coletivo nacional:
- Não
seria oportuno discutir uma moratória de alguns anos, digamos, quatro
anos, onde nenhuma autorização de desmatamento fosse concedida. Não
seria este um tipo de compromisso que um novo presidente da República
deveria assumir?
- Não
seria oportuno organizar um amplo programa de re-educação para
fazendeiros e suas famílias, permitindo que fossem capacitados em
técnicas sustentáveis de convivência com a floresta? Afinal, eles são
pessoas como nós, que só querem ter uma vida digna para si e seus
familiares. A pecuária é apenas o meio de vida que se lhes coube e que
sabem trabalhar.
Ao nível coletivo internacional:
- Não
está na hora de efetivamente discutir a relação entre a destruição das
florestas tropicais do globo e a pecuária e o consumo de madeiras
tropicais?
Teremos
que olhar a Amazônia de outra forma, não através dos olhos bovinos que
esmagaram o futuro nos últimos cinco séculos. É preciso que aceitemos
que não somos bois-de-presépio nem bois-de-piranha. Somos seres capazes
de decidir o que queremos. E queremos justiça social, ambiente saudável,
emprego e renda com eqüidade. Queremos entregar às futuras gerações a
Amazônia com a etnodiversidade, a biodiversidade e a diversidade
cultural melhor ou igual àquela que recebemos.
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João Meirelles vive em Belém, Pará, na região do estuário do rio Amazonas. Trabalha numa entidade sem fins lucrativos, o Instituto Peabiru – www.peabiru.org.br
- e se dedica ao fortalecimento institucional de organizações sem fins
lucrativos da Amazônia. É autor do Livro de Ouro da Amazônia (3a edição,
Ediouro, Rio de Janeiro, 2004). Décima geração de pecuaristas que
abriram as fronteiras pioneiras do Brasil, deixou de comer carne bovina
em 2.000. Este artigo foi publicado em novembro de 2005 no sítio www.vegetarianismo.com.br |
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Sabe-se
que este é um índice médio. O consumidor da classe alta e média chegam
a comer mais de 3 vezes esta cifra - 108 kg/carne bovina/ano. Ou seja,
um caminhão com 32 bois, mais de 7,5 toneladas de carne em sua vida! Quanto custa para a Humanidade este bife?